sábado, 23 de abril de 2016

Inocência

Eu passo em uma rua, que "chove", toda vez que passo por ela, o meu vidro ficava molhado. Eu sempre zuava que era um lugar cheio de espíritos que molhava... Pra mim, não havia explicação, e era maravilhoso passar todos os dias por lá e imaginar coisas, de onde vem aquela água. Até que o infeliz do meu ex descobriu que era uma caixa d'agua. Todo dia que eu passo, a magia de não saber que é uma simples caixa d'agua passou, ficou tudo tão sem graça.

Penso nos dias quando eu era criança, inocente, ignorante, onde eu pensava que chuva eram choros de anjos, e trovão eram bronca de Deus. Quem diria que tudo era uma coisa chata de biologia, química e física. O mundo é tao mais interessante com os nossos mitos e sonhos.

E desse trem de onde vem o dinheiro... Para mim, quando era pequena, era só passar o cartão, apertar uns números e tudo se tornava pago... hoje eu sinto o peso desse cartão e desses números.

Ou até você entender que o mundo de Harry Potter não existe, que tudo é uma fantasia, e que você não vai receber a sua carta e caso queria reconhecimento em alguma escola, você tem que ralar muito.

A inocência de uma criança, brincando de ser adulto... mal sabe ela, que o adulto quer brincar de ser criança.
E eu, principalmente, que tenho a inocência e a imaturidade de uma criança, vivendo em um mundo adulto. Parece que você sempre nadou em uma piscina de bolinhas, mas te jogaram no mar... e você terá que aprender a nadar sozinho.

Mas será que eu estou nadando ou me afogando? e quando irei perceber isso? quando chegar na ilha mais próxima ou quando for devorada por um tubarão?

Só queria por um momento não pensar em nada, apenas brincar de pintar, pega-pega, pular corda, subir em árvores, e ter a imaturidade de uma criança. Esquecer de tudo e todos.

Kisses
Just a Big Girl, Little Woman

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